Ana é descrita no
Antigo Testamento, como uma mulher de fé, a mãe do profeta Samuel.
Ela era estéril e após orar ao Deus de Israel, teve sua madre
aberta para conceber não apenas um, mas seis filhos. Uma pequena
passagem sobre a história de Ana me chama atenção: “Então se
levantou Ana, depois que comeram e beberam em Siló...” I Sm 1:9
Ana é um exemplo a ser
seguido, alguém que não se conformou com a situação de derrota e
desprezo, reuniu forças, “se levantou” e sabiamente se dirigiu
ao lugar certo, na hora certa.
Ana, sempre se abatia
de tristeza e dor pelas humilhações provocadas pela rival que se
achava melhor e mais amada por ter filhos: “E sua rival
excessivamente a provocava, para irritar; porque o Senhor lhe tinha
cerrado a madre” I Sm 1:6. A situação se repetia ano após ano, o
que provocava intensa tristeza em Ana que “chorava e não comia”
I Sm 1:7.“Então se levantou Ana, depois que comeram e beberam em
Siló...” I Sm 1:9
A esposa
de Elcana resolve enxugar as lágrimas e partir em busca da
felicidade. A fé de Ana fora despertada pelas muitas
lembranças das maravilhas realizadas pelo Senhor dos Exércitos. O
mesmo Deus que abriu o mar vermelho libertou os hebreus, concedeu um
herdeiro a Sara e Abraão, mesmo quando estes já estavam
ultrapassados em idade, era o Deus de Ana. Ela internalizou o amor de
Deus por ela, a sua condição de filha, de herdeira das promessas,
do justo que vive pela fé e não por vista. A partir daquele
momento, tudo mudaria. Já não seriam as palavras da rival Penina
que governariam Ana. Aquela afronta que inundava seu pensamento e
coração, gerando mágoa e dor, enfraquecendo o ser, seria deixada
para trás para dar lugar a Palavra de Deus.
“Ela
orou com amargura de alma, orou ao Senhor e chorou abundantemente”
I Sm 1:10
Ana
contou a Deus toda a sua causa, se derramou diante Dele. A direção
certa, o gesto esperado e seu coração fora curado. Quantas vezes, e
por quanto tempo, mulheres na situação de Ana, relutam em buscar a
Deus com todas as suas forças? Por acreditarem que sua miséria é
fruto do destino, que é um mal merecido, ou então que não são
boas o suficiente para buscarem o favor de Deus? Ana representa
mulheres e mulheres, as que choram e as que se alegram. As que buscam
e têm fé, que vivem dignamente e ainda assim sofrem por alguma
causa. As que são felizes apesar das “peninas” da vida. Mas o
que quero enfatizar na vida dessa grande serva de Deus é que ela
buscou mudanças, não se conformou com o veredicto do mundo, do que
afligia sua alma, do que era palpável.
A vida de
Ana teve um marco e esse marco foi firmado por ela própria, pela fé
e certeza do que se não via. Quando a amargura e as lágrimas
invadem nossa vida tentando nos vencer é hora de recomeçar. De
seguir em outra direção, de buscar a Deus com todas as forças. O
esposo de Ana e o sacerdote Eli, tentaram impedir sua busca pelo
milagre, mas determinada ela não se deixou prender a nenhuma palavra
humana: “Ana, por que choras não te sou melhor que dez filhos?”,
disse Elcana. Já o sacerdote Eli ao vê-la orar intensa e
silenciosamente, movendo os lábios sem sair som disse: “Estás
embriagada? Aparta de ti o vinho”. As duas situações poderiam ter
levado Ana a desistir de buscar, mas não.
O mundo,
as pessoas, as vozes humanas podem tentar convencer as “Anas” de
que tudo deve ficar como está. Esse pensamento, no entanto, é
incapaz de medir sentimentos. Somente Deus, em Sua eterna
misericórdia se compadece de nós. Ele não despreza, nem censura
aquilo que nos incomoda, mas é Grande o bastante para cumprir em nós
a Sua vontade, que excede todo entendimento. Uma vontade que está
acima de toda e qualquer circunstância. “Agindo eu quem impedirá?”
Is 43: 13, “Abrirei rios em lugares altos, e fontes no meio dos
vales, tornarei o deserto em lagos de águas, e a terra seca em
mananciais” Is 41:18.
Faça
como Ana, vá em busca da sua Felicidade!!!
http://www.atendanarocha.com/2011/03/mulheres-como-ana.html
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